Caríssimos irmãos em Cristo,
Assinalamos hoje o Dia de B.-P., altura em que procuramos homenagear o fundador do movimento escutista no dia do seu nascimento. Desde 1926 que este é, também, para os escuteiros e guias de todo o mundo, o Dia do Pensamento.
E o Dia do Pensamento deve ser encarado como uma oportunidade, estabelecida no nosso calendário, para pensarmos na nossa acção como escuteiros, no que são os nossos deveres e obrigações, no que são os nossos sonhos e desafios, “onde estamos” e “para onde queremos ir” como pessoas, como membros da comunidade, como membros de uma fraternidade universal. Ao fazermos essa reflexão estaremos a homenagear os irmãos escuteiros do nosso agrupamento, os chefes que nos ajudaram ao longo de todo o nosso percurso e, sempre, estaremos a homenagear o génio de B.-P., a dedicação de Olave Baden-Powell, dos fundadores das nossas associações escutistas e todos os que deram o seu contributo para que o movimento que nasceu em Brownsea seja hoje o maior movimento de pessoas do mundo – congregando 28 milhões seres humanos.
O génio de B.-P. é, de facto, algo extraordinário. A capacidade que teve para prever que o método baseado numa fraternidade de ar livre e de serviço seria capaz de transformar a vida de tantas pessoas é algo que poucos imaginaríamos possível. B.-P. teve uma capacidade de ver o amanhã, de conhecer a realidade do seu tempo para a poder transformar no futuro, que é admirável. B.-P. conseguiu fitar além do óbvio, ir além do seguro, no fundo, ver “Para além da Linha do Horizonte”.
“Para além da Linha do Horizonte” é o mote do nosso último ano do triénio que começou em Junho de 2008. É o tema geral desta última actividade deste mandato, o ACASECNUC. Ao longo deste triénio procurámos apresentar ao Núcleo uma linha de coerência – nos gestos e na acção pedagógica –, uma proposta de continuidade, um projecto com princípio, meio e fim. E chegámos ao fim. A avaliação será feita depois, mas a verdade é que encontramos aqui, nestes dias – com a comemoração do Dia de B.-P. – o sinal do fim da pista, do regresso a casa.
Um tema não pode ser, apenas, um enredo para ilustrar uma brincadeira. Um tema de uma actividade de escuteiros tem de servir para muito mais do que para a escolha de umas máscaras, ou para as peças à volta do fogo-de-conselho. O tema tem de ser um desafio, uma oportunidade de crescimento, a proposta para mais uma superação pessoal e colectiva. É isso que pretendemos fazer ao longo destes três anos e é isso que procuramos fazer no nosso II ACASECNUC.
O tema geral é “Para além da Linha do Horizonte”, e os imaginários de cada uma das quatro secções têm como ponto-comum: “o Futuro”. O Futuro como o que garantidamente está para além daquilo que somos capazes de ver – a linha do horizonte. Porque o que vemos é fácil de entrar nas nossas vidas, diferente é o que sabemos que pode vir a acontecer, mas que é sempre uma hipótese até acontecer de facto, ou não.
E a vivência deste ACASECNUC obrigar-nos-á a pensar no futuro. Naquilo que poderão vir a ser as nossas limitações enquanto seres humanos num planeta que Deus nos “arrendou” por tempo determinado. Um planeta cujos recursos se estão a esgotar, recursos como a água potável, os combustíveis, os alimentos. Um planeta que está a sofrer transformações de forma extremamente rápida – como o degelo, as condições e os fenómenos climatéricos extremos, a poluição do ar e da água. Dificuldades que hoje são, ainda, uma miragem, mas que um dia poderão ser reais. Nas nossas mãos está o exemplo de B.-P., há cem anos: Ter a capacidade de ver o amanhã, conhecendo a realidade do tempo para a poder transformar no futuro.
Peço-te – a ti, lobito, explorador, pioneiro e caminheiro, e ao dirigente de modo muito especial – que aceites este desafio que te lançamos, e aceites viver num futuro com características muito especiais. Um desafio que não é fácil, um desafio que requer paciência, caridade, sacrifícios e mudança de hábitos, mas um desafio cuja superação um dia poderá vir a ser muito importante.
Ser capaz de ver “Para Além da Linha do Horizonte” é o tal desafio.
Boa caça.
Assinalamos hoje o Dia de B.-P., altura em que procuramos homenagear o fundador do movimento escutista no dia do seu nascimento. Desde 1926 que este é, também, para os escuteiros e guias de todo o mundo, o Dia do Pensamento.
E o Dia do Pensamento deve ser encarado como uma oportunidade, estabelecida no nosso calendário, para pensarmos na nossa acção como escuteiros, no que são os nossos deveres e obrigações, no que são os nossos sonhos e desafios, “onde estamos” e “para onde queremos ir” como pessoas, como membros da comunidade, como membros de uma fraternidade universal. Ao fazermos essa reflexão estaremos a homenagear os irmãos escuteiros do nosso agrupamento, os chefes que nos ajudaram ao longo de todo o nosso percurso e, sempre, estaremos a homenagear o génio de B.-P., a dedicação de Olave Baden-Powell, dos fundadores das nossas associações escutistas e todos os que deram o seu contributo para que o movimento que nasceu em Brownsea seja hoje o maior movimento de pessoas do mundo – congregando 28 milhões seres humanos.
O génio de B.-P. é, de facto, algo extraordinário. A capacidade que teve para prever que o método baseado numa fraternidade de ar livre e de serviço seria capaz de transformar a vida de tantas pessoas é algo que poucos imaginaríamos possível. B.-P. teve uma capacidade de ver o amanhã, de conhecer a realidade do seu tempo para a poder transformar no futuro, que é admirável. B.-P. conseguiu fitar além do óbvio, ir além do seguro, no fundo, ver “Para além da Linha do Horizonte”.
“Para além da Linha do Horizonte” é o mote do nosso último ano do triénio que começou em Junho de 2008. É o tema geral desta última actividade deste mandato, o ACASECNUC. Ao longo deste triénio procurámos apresentar ao Núcleo uma linha de coerência – nos gestos e na acção pedagógica –, uma proposta de continuidade, um projecto com princípio, meio e fim. E chegámos ao fim. A avaliação será feita depois, mas a verdade é que encontramos aqui, nestes dias – com a comemoração do Dia de B.-P. – o sinal do fim da pista, do regresso a casa.
Um tema não pode ser, apenas, um enredo para ilustrar uma brincadeira. Um tema de uma actividade de escuteiros tem de servir para muito mais do que para a escolha de umas máscaras, ou para as peças à volta do fogo-de-conselho. O tema tem de ser um desafio, uma oportunidade de crescimento, a proposta para mais uma superação pessoal e colectiva. É isso que pretendemos fazer ao longo destes três anos e é isso que procuramos fazer no nosso II ACASECNUC.
O tema geral é “Para além da Linha do Horizonte”, e os imaginários de cada uma das quatro secções têm como ponto-comum: “o Futuro”. O Futuro como o que garantidamente está para além daquilo que somos capazes de ver – a linha do horizonte. Porque o que vemos é fácil de entrar nas nossas vidas, diferente é o que sabemos que pode vir a acontecer, mas que é sempre uma hipótese até acontecer de facto, ou não.
E a vivência deste ACASECNUC obrigar-nos-á a pensar no futuro. Naquilo que poderão vir a ser as nossas limitações enquanto seres humanos num planeta que Deus nos “arrendou” por tempo determinado. Um planeta cujos recursos se estão a esgotar, recursos como a água potável, os combustíveis, os alimentos. Um planeta que está a sofrer transformações de forma extremamente rápida – como o degelo, as condições e os fenómenos climatéricos extremos, a poluição do ar e da água. Dificuldades que hoje são, ainda, uma miragem, mas que um dia poderão ser reais. Nas nossas mãos está o exemplo de B.-P., há cem anos: Ter a capacidade de ver o amanhã, conhecendo a realidade do tempo para a poder transformar no futuro.
Peço-te – a ti, lobito, explorador, pioneiro e caminheiro, e ao dirigente de modo muito especial – que aceites este desafio que te lançamos, e aceites viver num futuro com características muito especiais. Um desafio que não é fácil, um desafio que requer paciência, caridade, sacrifícios e mudança de hábitos, mas um desafio cuja superação um dia poderá vir a ser muito importante.
Ser capaz de ver “Para Além da Linha do Horizonte” é o tal desafio.
Boa caça.
Quinta do Valongo, 22 de Fevereiro de 2011
Lobo Irmão
Secretário Pedagógico da JN Centro-Norte - Coimbra
Secretário Pedagógico da JN Centro-Norte - Coimbra
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